A revista inglesa Restaurant divulgou hoje o ranking dos melhores estabelecimentos do mundo. O D.O.M, do Alex Atala, subiu para honroso 7º lugar. Tirando ele, as possibilidades da gente conferir os tops de vários cantos do mundo são remotas, neam? Então, compartilho uma galeria de fotos e informações básicas, pra quem quiser ficar por dentro.
1º lugar
Noma – Copenhagen, Dinamarca - http://www.noma.dk
1º lugar
Noma – Copenhagen, Dinamarca - http://www.noma.dk
Utiliza e divulga produtos nórdicos por meio de técnicas gastronômicas criativas, que surpreendem as sensações do visitante.
A Restaurant usou essa entrada para justificar a escolha. É um exemplo da genialidade gastronômica do Noma, que usa mini cenouras crocantes cultivadas em região de fjords. Elas são servidas como se estivessem plantadas na terra (preparação com malte, avelãs e cerveja), sobre uma emulsão de creme de ervas.
O chef
2º lugar
El Celler de Can Roca – Girona, Espanha - http://www.cellercanroca.com/PORTADA/intro.htm
El Celler de Can Roca – Girona, Espanha - http://www.cellercanroca.com/PORTADA/intro.htm
Três irmãos estrategicamente divididos em funções diferentes são os responsáveis pelo empreendimento. Joan Roca é o chef, Josef é o sommelier e Jordi, o confeiteiro.
O espaço foi concebido para exercer uma sinergia com a natureza, que é refletida também no cardápio. Tudo orgânico no melhor dos sentidos.
Confit de porco ibérico com molho de laranja e mini cebola branca
3º lugar
Mugaritz – perto de San Sebastián, Espanha http://www.mugaritz.com
Mugaritz – perto de San Sebastián, Espanha http://www.mugaritz.com
É um restaurante considerado mais despretensioso que o El Bulli, do Ferran Adriá, mas não menos genial.
Andoni Luis Aduriz Chef tímido e meticuloso é bem diferente de vários colegas conterrâneos que são ótimos de marketing.
Sobremesa à base de mel e aveia fecha o menu degustação com sabores que remetem à infância.
Boa parte do conceito do restaurante italiano é baseada na arte, presente no ambiente e na composição dos pratos.
O chef Massimo Bottura se inspira em memórias afetivas, ingredientes tipicamente italianos e apresenta tudo com técnicas contemporâneas.
À combinação clássica de ovo com presunto, ele uniu lembranças de brigas com os irmãos para criar esse prato com cara de obra de arte.
5º lugar
The Fat Duck – Bray-on-Thames, Reino Unido http://www.thefatduck.co.uk
Com três estrelas do Guia Michelin, o restaurante já foi o primeiro do mundo e também já fechou após um escândalo de contaminação alimentar de clientes.
O chef Heston Blumenthal é considerado um alquimista da culinária que não negligencia nenhum dos sentidos do comensal. Uma refeição no restaurante dele tem fama de ser divertida e inesquecível.
O “barulho do mar” é um dos pratos mais conhecidos do chef, que recriou o fundo do oceano em uma tábua de vidro com peixes, espumas e legumes. Faz parte da experiência gastronômica, a concha marinha com um iPod reproduzindo o barulho da água.
Receitas desconstruídas, combinações de sabor improváveis e montagens esculturais fizeram história na gastronomia norte-americana. Alimentos suspensos, tubos de ensaio e vasilhames em multicamadas fazem parte do pacote.
O sucesso e inovação do restaurante elevaram o chef Grant Achatz à potência máxima no cenário dos Estados Unidos e do mundo.
Combinações de ingredientes e sabores inesperados fazem parte do conceito do Alinea, que mistura bacon, manteiga, açúcar mascavo, maçã e alecrim em uma apresentação detalhista e delicada.
O maior representante brasileiro no cenário contemporâneo internacional pulou do 18º para o 7º melhor restaurante do mundo.
O chef Alex Atala soube divulgar e aproveitar ingredientes nacionais pouco conhecidos dos brasileiros e encantadores aos olhos do público estrangeiro, como peixes, farinhas, frutos e verduras da Amazônia e outras regiões do país.
Filé curado com agrião e chocolate amargo ao sal defumado é um exemplo da criatividade e sofisticação do chef brasileiro.
O negócio familiar que já está na terceira geração e recebe estrelas do Guia Michelin desde a década de 1970 hoje é representado por Juan Mari Arzak e a filha Elena.
A dupla cria pratos com ingredientes bascos e visual arrebatador, sem perder a chance de distribuir o calor familiar que move o negócio.
Na 8ª edição do Madridfusión, os Arzaks fizeram parceria com Philips Design para mostrar um nível bem intenso de gastronomia sensorial. O prato “Fama” remete aos famosos 15 minutos de fama, quando uma pessoa em destaque fica sob um holofote. O prato responde ao toque em quatro áreas diferentes, que se acendem quando elementos são retirados ou acrescentados.
9º lugar
Le Chateaubriand – Paris, França
Democrático, divertido e despretensioso são definições frequentes para o único francês do Top 10.
O menu é assinado pelo chef basco Inaki Aizpitarte, que tem fama de saber o que quer e não ligar para quem discorda do esquema dele. O menu tem preço fixo, com 5 etapas e a carta de vinhos é adepta dos biodinâmicos.
A textura dos pratos é um dos atributos mais elogiados pelos visitantes, como as vieiras cruas com pó de tamarindo e batatas roxas.
Releitura assumida da cozinha francesa muda o cardápio diariamente, com 30 mil preparações diferentes ao longo dos anos.
O chef Thomas Keller é dono de três estrelas do Guia Michelin e conhecido pela criatividade e consistência.
O clássico ratatouille na versão do Per Se é um dos favoritos dos fãs do trabalho do chef californiano. Simples e lindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário